sábado, 14 de maio de 2011

Setembro

Sonhos de sonhos que sonhei
Vestígios nem mais me lembro.
E junto ao chegar de Setembro,
Mês de nascença e renascença

Hei de lembrar-me assim,
Quase sem querer
De tudo de mais belo que vivi
E que agora se foi - como desamanhecer
Assistir o tímido esvaecer

E eu, que o amor colocava no mais alto patamar
Não me desiludirei, não, de amar
Pois nada nesse mundo é vão!
Nem a mais doce e singela ilusão

Aquilo que se vive, que se vê, em que se crê
É o alimento da alma, pura e calma
Pois, "tudo vale a pena, se a alma não é pequena."

Por isso, hei de continuar, de não mudar
De em frente seguir, sem me desiludir
E a vida viver, não sofrer
Pois há muito a se ver e a se ter.
(Setembro/10)

domingo, 1 de maio de 2011

Eu Quero Ser

Eu quero ser aquele que não fui
Eu quero ser aquele que serei
Eu quero ser

Ser
A nascente de um riozinho
A fonte que não se esgota
Aquele poliglota
Eu quero ser mais

Mais
Que a brisa do fim de dia
Que uma breve companhia
Que uma pequena alegria
Ser eu quero, ainda

Aquela luz infinda
Como a da Lua, que ilumina
Os caminhos da vida
As trilhas da noite
A terra e o asfalto
Do rural e do urbano
O bucólico e o melancólico
Cada qual à seu modo.

Mas ser eu não seria
Se sê-lo não quisesse.
Mas querendo-o, ser-lo-ei
O inimaginário, o incrível
O abstrato, o impossível
Ter tudo isso eu poderia
Se de sê-lo, gostaria
Quem isso traz
para o presente,
sê-lo será: contente.