Quero andar por ruas nunca dantes vistas
Quero sair de manhã a ver o dia
Quero que o sol nasça a noite e a lua se ponha de dia
Com as montanhas de guia
Quero o repente como rotina
O lugar comum, como mãe já dizia,
é maresia
Quero sair sem mapa, eira nem beira
E desaguar numa cachoeira
Quero rumar para fontes desconhecidas
Donde dos lares exale café quentinho
E da chaminé a lenha fresca
Quero ir onde a vida amanheça
Azul, leve, e nada breve
Quero tudo devagarinho
Caminhar por aí sem tempo
Vivendo o momento
Quero fugir, extra-ordinariar, ir ali
Vagar pelo mundo
Desvelar terrenos quase não-descobertos
Almejar ao tudo
- e ao nada - perguntar
O que é correto
é o mesmo que o certo?
Nos satisfaz a concretude
Ou ela só da consciência soterra
o surreal e o inédito?
Lisieux Marc - 07/04/16 - 05:14h
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